Segunda-feira, 5 de junho de 2006. 7h42min. Acabo de desligar o carro. Estou no estacionamento aqui da escola. Pego o estojo, o apagador com a caixa de giz, os livros e o jaleco e os pressiono contra meu corpo. Jogo os pés para fora do carro; o restante do corpo vai logo em seguida. Ao ficar de pé, olho ao meu redor. A escola que deixei há um mês atrás, em virtude de problemas com a coluna, não é mais a mesma. Algumas das árvores que faziam sombra no estacionamento já não estão mais lá. Elas tiveram seus caules podados bem próximo ao solo. Em virtude do inferno, as copas das árvores que restaram vão, aos poucos, diminuindo de tamanho, deixando o chão forrado de folhas secas. O vento se encarrega de espalhar estas folhas pelo estacionamento e pelo chão de cimento que me separada da porta de entrada. Há um clima de tristeza e de solidão no ar. Aproximo-me da porta. Giro a maçaneta e... “Seu Eduardo! Que bom que o senhor voltou!”, diz um aluno, aparentemente alegre com o meu retorno. A tristeza, mais que depressa, desaparece. Meus lábios desenham um sorriso tímido, sem que os dentes fiquem expostos. Mal sabia eu que a minha timidez só aumentaria ao ser ovacionado com palmas ao adentrar a classe da terceira série. Ah, eu já estava com saudade disso tudo...
domingo, 10 de fevereiro de 2008
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