Sexta-feira, 16 de junho de 2006. Já é tarde. O relógio aqui no canto do monitor acusa 1h36min. Estou cansado e amanhã tenho que acordar cedo para as aulas como voluntário lá no colégio. Ainda assim, tentarei escrever algumas linhas para me lembrar deste dia tão marcante em minha vida. Hoje completei três décadas de existência. Ao som de Caribbean Blue, da Enya, começo a pensar que estou na metade da minha vida útil. Por isso, não posso perder tempo. E é por isso que eu estou aqui, renunciando a alguns minutos de sono, para fazer algo que tanto me dá prazer: escrever. Muitos odeiam escrever; eu gosto. Vários colegas professores detestam a profissão e dizem que a trocaria por qualquer cargo público atrás de um balcão ou de uma mesa; eu não deixaria de ser professor por nada neste mundo! Ser diferente dos outros não me torna melhor ou pior do que eles. Torna-me apenas diferente. Eu sinto prazer e realização na maioria das coisas que eu faço. Acho que este sentimento vem do fato de não me sentir obrigado a ser como as outras pessoas. Cada vez mais eu me sinto eu mesmo! Acho que eu acabei encontrando minha felicidade naquilo que tanto me incomodava na adolescência: ser diferente!
1h52min. Lá dentro todos estão dormindo. Não apenas a mamãe e o papai, mas também a Fia (minha irmã) e a Clarinha, minha querida afilhada. É bom tê-las aqui conosco, mesmo que por poucos dias. É uma boa oportunidade para relembrar os velhos e bons tempos em que elas moravam aqui. e para se ter a doce ilusão de que o tempo pode voltar... Mas o tempo não volta nem tampouco estaciona. Parece que foi ontem que eu andava com a Clara pelo quintal, chacoalhando-a no colo para que ela parasse de chorar. Passou-se algum tempo e fui agraciado com uma segunda afilhada, a Bianca. E parece que foi ontem que nós fomos a Uberaba para batizá-la... Hoje ela está com um ano e seis meses e já fala de tudo! Meu Deus! Eu estou mesmo ficando velho...
Certa vez, o papai usou usou uma comparação muito válida. Ele disse que na vida nós somos como uma lavoura de cultivo direto. Neste tipo de cultivo, após a colheita, não se remexe a terra; planta-se em cima da antiga lavoura. Na ocasião, ele disse que se sentia como a velha plantação, que está fornecendo a colheita, enquanto a nova plantação (no caso, eu) está brotando. Enquanto uma vai morrendo, a outra vai crescendo. Eu estou tentando espalhar minhas sementes, para que elas possam brotar em breve. Tenho me preocupado muito no sentido de poder oferecer a minha plantação - a minha vida - para o maior número de pessoas possível. Hoje, no meu aniversário de número 30, a minha maior felicidade foi ver que as sementes que eu espalhei ao longo da minha vida, estão dando bons frutos. Foram mais de 100 mensagens no Orkut, muitas delas vindas de pessoas que eu não pensei que fossem se lembrar de mim. Amigos de infância, colegas de almoxarifado, colegas de faculdade, de tiro-de-guerra (até o próprio sargento!), amigos de pós-graduação, alunos, ex-alunos, primos e primas, colegas lá do colégio, alguns que conheci através deste blog (olha você aí, Márcio!) A todos o meu muito obrigado! O meu maior presente que eu poderia receber foi a sensação de ser especial na vida de alguém. Que esta felicidade que agora sinto, às 2h16min, possa estar comigo durante a segunda metade de minha vida útil, para que eu possa ser realmente útil na vida de alguém...
1h52min. Lá dentro todos estão dormindo. Não apenas a mamãe e o papai, mas também a Fia (minha irmã) e a Clarinha, minha querida afilhada. É bom tê-las aqui conosco, mesmo que por poucos dias. É uma boa oportunidade para relembrar os velhos e bons tempos em que elas moravam aqui. e para se ter a doce ilusão de que o tempo pode voltar... Mas o tempo não volta nem tampouco estaciona. Parece que foi ontem que eu andava com a Clara pelo quintal, chacoalhando-a no colo para que ela parasse de chorar. Passou-se algum tempo e fui agraciado com uma segunda afilhada, a Bianca. E parece que foi ontem que nós fomos a Uberaba para batizá-la... Hoje ela está com um ano e seis meses e já fala de tudo! Meu Deus! Eu estou mesmo ficando velho...
Certa vez, o papai usou usou uma comparação muito válida. Ele disse que na vida nós somos como uma lavoura de cultivo direto. Neste tipo de cultivo, após a colheita, não se remexe a terra; planta-se em cima da antiga lavoura. Na ocasião, ele disse que se sentia como a velha plantação, que está fornecendo a colheita, enquanto a nova plantação (no caso, eu) está brotando. Enquanto uma vai morrendo, a outra vai crescendo. Eu estou tentando espalhar minhas sementes, para que elas possam brotar em breve. Tenho me preocupado muito no sentido de poder oferecer a minha plantação - a minha vida - para o maior número de pessoas possível. Hoje, no meu aniversário de número 30, a minha maior felicidade foi ver que as sementes que eu espalhei ao longo da minha vida, estão dando bons frutos. Foram mais de 100 mensagens no Orkut, muitas delas vindas de pessoas que eu não pensei que fossem se lembrar de mim. Amigos de infância, colegas de almoxarifado, colegas de faculdade, de tiro-de-guerra (até o próprio sargento!), amigos de pós-graduação, alunos, ex-alunos, primos e primas, colegas lá do colégio, alguns que conheci através deste blog (olha você aí, Márcio!) A todos o meu muito obrigado! O meu maior presente que eu poderia receber foi a sensação de ser especial na vida de alguém. Que esta felicidade que agora sinto, às 2h16min, possa estar comigo durante a segunda metade de minha vida útil, para que eu possa ser realmente útil na vida de alguém...
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